quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Planos econômicos

A exemplo de seus governos provisório e constitucional, Getúlio Vargas deu seqüência à política de desenvolvimento baseada no nacionalismo econômico e no intervencionismo estatal, procurando modernizar e integrar o Brasil ao capitalismo industrial. Devido a isso buscou-se a diversificação da economia, sem abandonar a proteção à cafeicultura, estimulando outras culturas, ao mesmo tempo em que se afirmava o modelo de substituição permanente das importações, através do impulso dado à industrialização. Neste contexto foi fundamental importância a conjuntura da Segunda Guerra Mundial, que favoreceu o mercado interno brasileiro, por causa da escassez de produtos europeus. O Estado, por sua vez, passava a atuar como investidor em setores da economia (indústrias de base) onde o capital privado era insuficiente, criando para isso uma rede de agências e órgãos que garantisse sua presença na vida econômica nacional. Com isso, foram criados, logo de início o CNP (Conselho Nacional do Petróleo), o Instituto Nacional do Mate, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Conselho Técnico de Economia e Finanças.

Em 1939, o governo criou um Plano Qüinqüenal para alavancar o desenvolvimento, dando importância aos investimentos estratégicos em uma usina de aço, uma fábrica de aviões, uma fábrica de motores e a Hidrelétrica de Paulo Afonso. Desse plano, parte foi realmente implementada, e mais uma vez favorecida pela guerra: em 1941, quando se definia o alinhamento do Brasil com os EUA, iniciaram-se as tratativas envolvendo empréstimos do EXIMBANK, que tornaram possíveis os grandes investimentos estatais em indústrias de base. Disso resultou a criação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), da Cia. Vale do Rio Doce, atuando na extração de minérios, e da Cia. Hidrelétrica do São Franscisco, fundamentais para a produção siderúrgica e energética.

Um comentário:

  1. Foi o presidente que descobriu o Brasil: éramos agrícolas, patrimonialistas e não tínhamos uma identidade nacional consolidada, senão como subdesenvolvidos. Seu plano quinquenal forneceu a plataforma para JK realizar o Plano de Metas. Os dois foram os chefes de Estado mais produtivos que o Brasil teve. Todos que vieram depois tentaram se comparar a eles. Ninguém conseguiu.

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